A livraria 24 horas do Mr. Penumbra - Robin Sloan

Autor: Robin Sloan

Editora: Novo Conceito

Número de páginas: 300

ISBN: 9788581632483 

Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…

 Em meio a estudar pro vestibular, malhar e dançar ballet, tem me sobrado pouquíssima disposição pra ler. Provavelmente isso tem boa parcela de culpa no fato de eu ter demorado quase um mês pra terminar esse livro (o que acabou atrasando essa resenha). Acontece que as últimas 120 páginas eu li em uma noite, apesar de ter aula no dia seguinte, de tão curiosa que estava pelo desenrolar da história. Não porque o livro seja muito bom.

 Como pode não ser bom se eu li mais de 100 páginas de uma vez? Pois é. A ideia é ótima: uma sociedade muito antiga presente no mundo atual tem o objetivo de desvendar um código secreto e Clay, um rapaz meio sem propósitos na vida, acaba se envolvendo com ela. O autor mistura muitas informações atuais, como cenas dentro da própria sede do Google, sistemas de pesquisa e termos tecnológicos com livros e antigas regras.

 Não sou muito ligada com tecnologia, inovações incríveis e muito menos desenvolvimento de truques para a vida eterna. O Clay é um rapaz sem auto-estima que fica o tempo todo agindo feito bobo, mesmo quando está prestes a realizar um feito muito grande e a Kat, namorada dele, é uma mistura de linda e inteligente e nerd. E muito chata. Os outros personagens, como o Penumbra, até são interessantes, mas simplesmente tem dois ou três adjetivos que os determinam - não ficou verossímil pra mim, que acredito cada um de nós tem um zilhão de particularidades.

 O começo da história, quando Clay conhece a livraria e passa as madrugadas todas entre livros, lê registros detalhados que outros atendentes fizeram sobre cada cliente da loja e começa a desconfiar do clube de leitores estranhos que frequentam a livraria é muito interessante. E o final, quando os segredos finalmente começam a se revelar, é muito bonito e excitante, apesar de um pouco previsível.

 A questão é que, ao longo do livro, o autor criou um labirinto imenso de códigos, segredos, regras, empresas e projetos que ficou complicado de entender. Mais do que complicado: ficou entediante. Alguns detalhes, como nome das pessoas e as organizações a que elas pertencem eu deixei passar batido, simplesmente porque não era interessante o suficiente para me prender. A escrita do autor também não tem nada de inovadora, e na maior parte do tempo eu me senti mais sendo enrolada do que envolvida.

Avaliação: 3/5

Ps: Dessa vez não vai ter quote porque, é, não achei nenhum interessante.

Beijo,

Ná Mazzilli