Há muuuuitos anos eu ansiava loucamente para ler o livro da Cecelia Ahern chamado "Where rainbows end". Muito antes até de saber da existência de P.S. Eu te amo (que ainda não li) e ter lido apenas o livro mais desconhecido da autora: Aqui é o melhor lugar. Infelizmente, nunca achei a versão em inglês para comprar, mas em 2014 ele foi traduzido (mas fiquei tão triste que mudaram o título!) e tive a oportunidade de ler e também assistir ao filme baseado no livro, lançado recentemente no cinema, no dia 5 de Março.
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Simplesmente acontece é exatamente aquela história que todo mundo precisa conhecer, que pode parecer óbvia mas não deixa de encantar qualquer pessoa! Afinal, Alex e Rosie são grandes amigos de infância, que acabaram nunca se distanciando enquanto cresciam ainda que tivessem suas diferenças e empecilhos na amizade.
Primeiramente, sobre o livro, eu sempre gostei muito do estilo de escrita da Cecelia Ahern. Nesta obra em especial, ele é diferenciado, já que a trama inteira é narrado em forma de cartas, e-mails, mensagens de texto, bilhetes e coisas do gênero, mas não deixa de ter a simplicidade e sagacidade da autora em conseguir abordar os mais diferentes assuntos retratados nesta obra de maneira comovente, séria ou descontraída, conforme a situação exige, e conseguir manter pela longa narrativa temporal um ritmo de leitura que não se torna em momento algum cansativo.
Já o filme deixou um pouco a desejar para mim, pensando comparativamente com o livro, por ter sido uma história bem mais "rasa" do que o original apresenta, deixando de lado vários personagens e acontecimentos importantes para a construção da personalidade dos personagens, e a inserção de outros que sempre são bem-vindos no mundo do cinema para dar uma dramatizada a mais em qualquer história. Mas não deixa absolutamente nada a desejar na questão de produção, com figurinos, trilha sonora e fotografia maravilhosos! Não há como contestar que essa é uma escolha leve e perfeita de comédia romântica para reassistir várias vezes em dias de chuva.
Um dos meus pensamentos mais recorrentes durante a minha leitura era como um livro narrado inteiramente em cartas, e-mails, mensagens de texto, bilhetes e afins pudesse ser reproduzido cinematograficamente sem perder a essência que está tão presente nessas formas de comunicação. E confesso que mesmo não tendo se aproximado de como eu tinha imaginado, acabei ficando satisfeita com o resultado. Apesar de eu achar difícil considerar esse filme uma adaptação literária, e pensar nele mais como um filme independente que com uma "mesma base" pois as modificações foram diversas, ainda que tenha se mantido a essência do original e as alterações feitas fossem necessárias para manter o filme interessante, envolvente e com uma simplicidade mais fácil de ser transmitida. E só se tornou mais completo dentro das possibilidades, pela escolha dos atores para interpretar os personagens principais, não consigo pensar em dois atores melhores do que Lily Collins e Sam Claflin.
"Em todo o caso, minha questão é a seguinte (sim, sim, eu sei, tem uma questão): não quero ser uma dessas pessoas de quem as pessoas se esquecem com facilidade, que era tão importante naquela época, tão especial, tão influente e tão querida e, mesmo assim, anos depois se torna apenas mais um rostinho vago e uma lembrança distante. Quero que sejamos amigos para sempre, Alex."
Beijos,
Nic Kloss