domingo, 24 de maio de 2015

Comprei um livro com defeito, e agora?

Hoje vou falar sobre algo que nenhum leitor quer que aconteça consigo mesmo: comprar um livro e ele apresentar algum defeito. Infelizmente, essa situação já aconteceu comigo em duas circunstâncias diferentes e vou aqui falar sobre a minha experiência lidando com cada uma delas.

Já contei para vocês que desde pequena sou uma leitora assídua, e a na minha mente de criança, eu nunca imaginava que um livro pudesse apresentar algo que não deveria estar ali. Afinal, eram objetos preciosos, feitos com o maior cuidado por pessoas especiais e para pessoas especiais. Com o passar dos anos, fui entendendo mais como funciona uma editora gráfica e percebi que livros podem sim, apresentar defeitos de "fabricação", como acontece com sapatos, bolsas, roupas, etc. 

Mas por que isso acontece e o que podem ser esses defeitos? 
Não encontrei algo concreto que explicasse porque qualquer produto pudesse apresentar defeitos, mas acredito que como tudo fabricado pelo homem, possa estar sujeito a algum erro, não é mesmo? Mas pelos meus conhecimentos obtidos na faculdade, imagino que suas causas podem estar relacionados com problema nas máquinas de impressão e montagem, e instrumentos afins.
Os defeitos mais comuns que eu já ouvi relatos são com relação às páginas: estarem rasgadas ou cortadas, impressas errado, grudadas, com folhas faltando ou em excesso, ou até mesmo em branco. 
Mas também existem defeitos com relação à capa, brochura, e outros locais.
É importante ressaltar que erros de revisão e gramática não são caracterizadas como "defeitos", mas ainda assim podem e devem ser reportadas à editora para correção em uma edição futura.

Minha primeira experiência: Poseidon - Anna Banks
 No ano passado, recebi de parceria com a Editora Novo Conceito o livro "Poseidon" da Anna Banks. Não iniciei a leitura de imediato, mas durante uma folhada no livro, percebi um efeito diferente em algumas páginas, e voltei um pouquinho no livro para dar uma olhada melhor no que eu acreditava ser um  "detalhe". Minha surpresa foi enorme quando encontrei  duas folhas rasgadas pela metade, já que algo parecido ainda não tinha acontecido comigo. Entrei em contato pela editora no canal de comunicação que tínhamos para tratar sobre assuntos de parceria, e logo recebi um retorno. Pediram para que eu enviasse fotografias do defeito do livro, e alguns dias depois me responderam pedindo que eu enviasse o livro pelo correio para eles (com o custo bancado pela Novo Conceito), onde a situação seria avaliada e então me enviariam um exemplar novo. O processo inteiro levou um mês para ser solucionado, sempre com a editora entrando em contato para garantir o recebimento do produto completo.

Minha segunda experiência: O livro dos vilões - Cecily von Ziegesar, Carina Rissi, Diana Peterfreud e Fábio Yabu 
E este ano tive a infelicidade de mais uma vez ser agraciada com um livro defeituoso. Adquiri "O livro dos vilões" em fevereiro (e como a minha participação na coluna Novos na estante está bem desatualizada, ele ainda não apareceu por aqui!), mas não sei por qual razão, foi um livro que eu não folheei e analisei quando cheguei em casa, e também não o havia feito na livraria física, onde realizo uma análise profunda para decidir qual dos exemplares do mesmo título eu irei levar (Confesso que esse processo é bem bizarro, quem sabe um tema para um próximo post de conteúdo mais aleatório? Se quiserem, é só pedir!).
Pois bem, no início de Abril, fiquei com uma vontade de ler contos, e ele era o livro perfeito. Porém, logo na leitura do primeiro conto, o da Cecily, eu percebi que as últimas páginas estavam com o seu topo "desalinhado" do resto do livro, perdendo assim as últimas linhas. Desta vez fiquei em dúvida com quem eu poderia reclamar, então acabei voltando na livraria para escutar o que eu já imaginava: que o contato teria de ser feito com a editora.
Primeiro, enviei um contato através do site da editora, e não obtive respostas durante uma semana. Resolvi procurar melhor no site onde eu poderia falar diretamente com um funcionário em um caso como esse, e encontrei um endereço de e-mail, para o qual enviei uma breve explicação da situação e imagens do livro, e obtive uma resposta em menos de 20 minutos. Dessa vez, a editora pediu meus dados e me enviou o livro primeiro (recebi o novo exemplar esta semana, aliás), além de solicitar a devolução do livro defeituoso que eu tinha adquirido, com o custo do correio bancado pela Record. Esse processo foi um pouquinho mais longo, demorou em torno de um mês e meio.

E quais as conclusões disso?
Que sempre que você compra um livro com algo errado, deve entrar em contato diretamente com a editora! E não desistir, caso não tenha tido êxito numa primeira tentativa de contato. Fico muito contente que meu problema sempre foi solucionado e dentro de excelentes parâmetros, mas pode ser que não seja sempre assim, então não dá para desistir, não é? ;) Se vocês tiverem qualquer experiência nesse assunto, não deixem de compartilhar nos comentários, e se o caso de vocês foi resolvido na livraria, me contem como foi!


Espero que vocês achem as informações úteis!
Beijos,
Nic Kloss.

domingo, 17 de maio de 2015

A importância do ato de ler

 Oi!

 Não sei se já cheguei a comentar aqui, mas esse ano comecei a cursar Pedagogia. Um dos primeiros textos que li pra faculdade foi sobre a leitura, e achei que seria interessante falar um pouquinho sobre ele aqui no blog. Então, finalmente tirei um tempinho pra conversar com vocês! Pra quem tiver interesse de ler o texto na íntegra (recomendo, aliás), aqui está o link. É do Paulo Freire, e foi publicado num livrinho chamado "A importância do ato de ler em três artigos que se completam".

 O texto traz algumas discussões bastante interessantes sobre o modo como andamos lendo atualmente e, mais do que isso, sobre o modo como estamos ensinando as crianças a ler. Ele fala sobre uma coisa que achei muito bonita: a palavramundo. Diz que, antes mesmo de aprendermos a ler as palavras, sílaba por sílaba, a gente já começa a aprender a ler o mundo ao nosso redor, com toda a curiosidade que a gente tem quando é criança. E que, portanto, toda leitura que fazemos já vem carregada da nossa própria experiência. Acho que é por isso que um mesmo livro pra mim é diferente pra você.

"Os “textos”, as “palavras”, as “letras”, daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos."
 O autor ainda traz, na discussão, uma questão que sempre pensei, como leitora. Pensava se o modo como nos ensinam a língua, na escola, com tantas regras e exceções, realmente era o que formaria a nossa escrita. Pra ser sincera, sempre tive muita dificuldade em aprender gramática, mas me virava bem porque era acostumada a ler. Paulo Freire escreveu, mais ou menos nessa mesma ideia, que para memorizar algo não bastava uma leitura mecânica, seria preciso realmente apreender o assunto.

 Ainda tem uma coisa, no texto, que acho que atinge nós, leitores. Quantas vezes você ouviu alguém dizer que não gosta (ou gostava) de ler porque foi obrigado a ler os clássicos na escola?

 Reconheço o valor dos clássicos, e isso o autor também faz, mas questiona até que ponto os professores estão realmente incentivando a leitura quando determinam os livros e a quantidade de páginas que os alunos devem ler - ou melhor, engolir, porque na maioria das vezes não diz respeito aos interesses deles. E tem mais uma coisa! Será que, quando alguém se propõe a escrever um livro, atualmente, está interessado simplesmente em preencher um grande número de páginas? O Danilo, do Cabine literária, fez um vídeo sobre mais ou menos isso.
"A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposta à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo dos textos, ora de autores que estudávamos ora deles próprios, como objetos a ser desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse."
É isso, pessoal! Caso tenha ficado mal explicado algum ponto que eu trouxe, recomendo que façam vocês mesmos a leitura. Pensei que seria interessante falar sobre esse texto com vocês pra, quem sabe, vocês dividirem opiniões sobre esses temas. Nos contem, também, o que acham desse estilo de post mais diferente, ok?

Beijo,
Ná Mazzilli

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Recadinho!

Oi pessoal,

Como vocês podem notar, estamos sumidas.

Cada uma de nós está passando por uma fase diferente na vida e isso tem acarretado em diversas coisas como falta de tempo, disposição e principalmente falta de post! rs

Por isso, decidimos que a partir da semana que vem liberaremos um post todo domingo. Pode ser que seja sobre livros, pode ser que não. Vamos buscar outros assuntos para falar sobre e queremos a opinião de vocês comentando!

Estamos nos ajustando para poder voltar com tudo para o blog e pedimos paciência, pois não será um processo rápido.

Esperamos que vocês entendam, aguardem e não nos abandonem. Domingo já tem post novo!
(No momento as leituras do mês estão suspensas já que não temos lido muita coisa hehe)

Beijos e até breve,
Ká, Nic e Ná :)