domingo, 19 de julho de 2015

Peter Pan - J. M. Barrie

Autor: J. M. Barrie
Editora: Zahar
Número de páginas: 256
ISBN: 9788537811535
Sinopse: Um dos mais populares clássicos infantis, Peter Pan é uma história que, une gerações, contagiando também adultos com sua energia, imaginação e um enredo que permite diversos níveis de interpretação. Como pó de fada, há cem anos esse livro transporta os leitores para um mundo mágico, povoado pela família Darling e pelos habitantes da Terra do Nunca - Peter Pan, os meninos perdidos, Sininho, crocodilos, sereias, o Capitão Gancho e seus piratas...






 Já contei a minha história com Peter Pan no post sobre livros que mudaram minha vida, então vocês já sabem que foi a primeira vez que li uma história sozinha. Além disso, também foi o tema de um dos primeiros festivais de ballet que dancei. Ou seja, apesar de ser muito especial pra mim, a memória que eu tinha de Peter Pan era muito infantil, então estava receosa para ler o livro. Mas, para minha surpresa, o livro conseguiu superar minhas expectativas.

 Mesmo que eu me lembrasse da história decoradinha, de trás pra frente, teria valido a pena ler o livro. A escrita do autor é incrível, maravilhosa. Ele narra como se tivesse contando uma história em voz alta, conversando com o leitor sobre algo que realmente aconteceu ou poderia ter acontecido. A narrativa tem um ar de mágica, de deixar quem lê na dúvida sobre o que é real e o que foi parte da imaginação das crianças.

 Duas coisas no livro ocorreram de forma inesperada, para mim: A primeira é uma dose grande de machismo no livro todo. Fiquei me perguntando - e até pesquisei, mas não encontrei nada - se essa característica é do autor ou é um retrato da época em que ele viveu, porque foi algo bem nítido e que me incomodou bastante.

 A segunda são as personalidades do Peter Pan e do Capitão Gancho. O menino é prepotente, maldoso e irritante, coisa que eu não imaginava quando era mais nova, e fiquei a história toda esperando que algo lhe desse uma lição de moral, mas não aconteceu. As reflexões do pirata também mostram um lado dele que nos faz sentir compaixão e pena, apesar de sua maldade. É interessante pensar nessa inversão de características, porque o autor consegue tornar os personagens mais humanos, apesar de que para as crianças isso passa despercebido, eu imagino.

 Mesmo que esses pontos tenham me irritado em algum momento da leitura, o livro me deixou encantada. Fiquei feliz por ter lido depois de mais velha, mesmo já gostando da história, porque fez meu amor aumentar. Com certeza é uma obra que merece ser lida, e proporcionará horas deliciosas pra quem o fizer.

Avaliação: 4.5/5

"Mas, em geral, as Terras do Nunca têm semelhanças entre si como os membros de uma família e, se elas ficassem paradas uma do lado da outra, você ia poder dizer que têm o mesmo nariz e coisas assim. Nessas praias mágicas as crianças sempre irão ancorar seus barquinhos. Nós também já estivemos lá; ainda podemos ouvir o barulho das ondas, mas nunca mais vamos desembarcar."

Beijos,
Ná Mazzilli

PS: Essa foi a minha primeira leitura para a MLI 2015. Para acompanhar, segue lá no twitter que tô contando tudo! 

Um comentário:

  1. Oii!

    A história do Peter Pan é bem antiga mesmo neh, mas eu não me lembro tanto da vez em que eu li, pois faz bastante tempo. Mas lembro sobre o filme que eu assisti e que tem as mesmas características que tu citou na resenha. Sim, o Peter Pan é egocêntrico e maldoso, sempre querendo passar a perna nos outros com suas "brincadeirinhas". Eiu, sinceramente, não curto muito essa história.

    beijos

    http://mundo-restrito.blogspot.com.br
    @rs_juliete

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