Delírio - Lauren Oliver

Autora: Lauren Oliver 

Editora: Intrínseca 

Número de páginas: 352 

ISBN: 9788580571646 

Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?

Sinceramente, essa é a resenha mais difícil que já fiz até agora. Acredito que nunca terei palavras para descrever essa maravilhosa história na qual Lauren me fez mergulhar. Trata-se de ficção, com todo aquele quê de romantismo (que sempre me conquista). Mas, não é só isso. É loucura, um mundo diferente, é doença.

Lena está prestes a completar 18 anos. Está ansiosa. Não tem a vida perfeita, mas ela é boa o suficiente. Mesmo jovem como é, já passou por diversas coisas. No mundo de Lena, o amor - a mais simples forma de amar - é tratado como doença. Uma doença das graves, a pior de todas. Ela acredita fielmente em toda a sua realidade e espera ansiosa por seus 18 anos, onde passará pelo procedimento (corte de um pedaço do cérebro) e ela nunca mais poderá sentir o delíria. 

Porém, a vida de Lena não é simples. Sua mãe se suicidou. A irmã, depois da cirurgia, foi viver sua vida com o marido e ela vive com a tia Carol e as filhas de sua prima Marcia - que morreu por conta do "amor" - Jenny e Grace. Apesar de tudo, Lena ainda pode contar com Hanna, sua melhor amiga.

De qualquer forma, há apenas semanas de 18º aniversário é que a jovem conhece Alex. Rapaz que, depois de apenas alguns dias, ela descobre ser um dos inválidos - aqueles que não querem ser curados, que aceitam o delíria. Um jovem que vai mostrá-la o outro lado do seu mundo. Mostrará novas oportunidades, pessoas e capacidade. E, mostrará a Lena, principalmente, o amor.

Mas nada pode ser tão simples, certo? Lena está apaixonada e disposta a deixar tudo para trás e fugir para a Selva (lugar dos refugiados) com Alex. Entretanto, as coisas desandam de repente e o casal está em prova de fogo. É correr ou morrer. Eles não tem tempo.

E, tirando todo o meu folego, Lauren Oliver termina esse livro me deixando completamente histérica e embasbacada. Mágico, surpreendente e impressionante (apesar de me achar redundante quando falo desse livro). Antes, já considerava Oliver uma de minhas autoras prediletas. Depois de Delírio, tive ABSOLUTA certeza. Leiam, leiam e leiam! É incrível!

"Vá por mim: se ouvir o passado falando com você, senti-lo puxando suas costas e deslizando os dedos por sua coluna, a melhor reação – a única reação – é correr." 

Avaliação: 5/5

Ps1: A capa não é nem de perto como a da foto. É linda. Vocês podem conferir mais sobre o livro e realmente ver a capa no meu Top 5 - Melhores de 2012. 

Ps2: Desculpem se fui repetitiva, mas foi minha melhor leitura esse ano. Fica difícil me expressar.

Ps3: Segue quote extra, linda! rs

"A vida de Grace desmoronou por causa de uma única palavra: simpatizante. Meu mundo explodiu por causa de outra: suicídio. 

Correção: aquela foi a primeira vez em que meu mundo explodiu.

Na segunda vez em que meu mundo explodiu foi também por causa de uma palavra. Uma palavra que subiu pela minha garganta e escapou de meus lábios antes que eu pudesse pensar ou contê-la.

A pergunta foi: Quer me encontrar amanhã?

E a palavra foi: Sim."

Beijos, 

Ká Andrade