Nem tão teen: Olga

Autor: Fernando Morais

Editora: Companhia das letras

ISBN: 8571642508

Número de páginas: 259

Sinopse: O livro conta a história de Olga Benario, judia e comunista, que foi companheira de Luís Carlos Prestes e acabou assassinada nos campos nazistas. Nos últimos anos, poucas obras alcançaram no Brasil sucesso tão estrondoso quanto esta biografia de Olga Benario Prestes. Fernando Morais revelou-se também um pesquisador competente, e escritor dotado de sensibilidade e de talento. Com simplicidade, sabedoria e grandeza, ele soube recriar um drama profundamente humano de nossa época. Entre, de um lado, a guerra desencadeada pelo nazismo e, de outro, a miséria de uma ditadura latino- americana com seus crimes, Fernando Morais delineou a figura quase lendária de uma mulher que sempre empunhou o estandarte de ideais generosos.

 Eu nunca tinha lido uma biografia, mas de uns tempos pra cá tive vontade de conhecer esse tipo de livro. Meu professor de história citou, numa aula de ditadura, essa biografia da Olga Benario, e resolvi pegar emprestado pra conhecer. 

 A escrita é mais envolvente do que eu esperava que fosse, por conta de se tratarem de fatos reais, e depois que a leitura engatou eu vi as últimas 100 páginas passarem voando. Mas são muitas pessoas, e como os comunistas precisavam de pseudônimos para se esconderem, numa reunião poderiam ser citadas uns 10 nomes pra falar de 4 pessoas, o que me deixava confusa e um pouco cansada. Também tem alguns nomes de partidos e organizações que eu desconheço e provavelmente alguns detalhes me passaram despercebidos por conta disso.

 No geral, gostei muito de ler a obra. Acho que retratou bem a maneira como os colegas e Olga e de Luís Carlos Prestes se uniam e se preocupavam em lutar pela liberdade, deles mesmos e do país, custasse o preço que fosse. Apesar de não serem brasileiros, eles passarem grande período na vida aqui no Brasil, lutando contra o governo ditatorial do Getúlio Vargas.

 O livro conta sobre as torturas e as prisões de todos os comunistas, algumas dessas que causaram danos psicológicos até o resto da vida daqueles que sobreviveram pra ver o fim da ditadura. O que mais me emocionou, claro, foi ver Olga passando por tudo o que passou, pelas prisões, pelas repressões, por tanto sofrimento e ainda ter forças para lutas. Em pleno campo de concentração ela, judia e comunista, ainda se esforçava e tentava ser melhor a cada dia pois esperava pelo momento em que seria livre e continuaria lutando. É muito, muito bonito.

Avaliação: 4/5

Beijinho,

Ná Mazzilli