Nem tão teen: O morro dos ventos uivantes e As virgens suicidas

A Nem tão teen é uma coluna onde postaremos livros com um fundo mais adulto ao que estamos acostumadas sobre aqui no blog. Assim, serão resenhas mais curtas e provavelmente de mais de um livro de cada vez.

 Hoje vim falar sobre dois livros que são muito conhecidos. Ambos sempre tive muita vontade de ler e não me arrependo. Dei cinco estrelas para os dois, mas não é só isso que eles tem em comum. O que me faz ligá-los é o fato de que eles tem um tema um tanto quanto pesado. Mais do que triste: sombrios. É algo que me deixa confusa, porque apesar de ter adorado e saber que são histórias ótimas e muito bem escritas, não consigo gostar tanto por não me identificar.
 Talvez sejam livros que eu entenda melhor quando for mais velha, mas ainda assim valeu a pena ter lido. Realmente acrescentaram conteúdo aos meus conceitos de amor, vida e morte. Vejam abaixo um pouco mais sobre cada um deles.

O morro dos ventos uivantes - Emily Bronte

Esse é um livro sobre as gerações de uma família, e entre elas há uma história de amor que muda tudo. É muito pesado porque Heathcliff, assim como seus parentes próximos, é muito cruel. Mas ao mesmo tempo em que sentimos ódio pelos personagens, sentimos compaixão por eles. São personagens muito bem desenvolvidos, um cenário lindíssimo e a escrita é super envolvente.

"Quando mesmo ele a amasse em todas as forças de seu ser franzino, não conseguiria nunca amá-la, em oitenta anos, tanto quanto eu a amo em um dia."

As virgens suicidas - Jeffrey Eugenides

Assisti ao filme há dois ou três anos e lembro que fiquei fascinada. Desde então sempre procurei o livro pra comprar, mas nunca achava disponível. Acabei comprando e li em seis dias. A história das cinco irmãs é narrada por um grupo de meninos que moravam próximos a elas, o que torna tudo muito interessante. A escrita é um pouco densa, o que me fazia ter que reler algumas frases para entender. É triste e um pouco estranho, mas é um livro muito bonito, sensível e intenso. E o final é o melhor!
"Soubemos, afinal, que as garotas são na realidade mulheres disfarçadas que compreendem o amor e até mesmo a morte, e que a nossa tarefa era apenas gerar o barulho que parecia fasciná-las."


That's all, folks!
Espero que tenham gostado do post e, quem sabe, se interessado pelos livros.

Beijos, Ná Mazzilli