Noah foge de casa - John Boyne

Editora: Cia das letras 
Autor: John Boyne 
ISBN: 9788535919493 
Número de páginas: 192 
Sinopse: Noah tem oito anos e acha que a maneira mais fácil de lidar com seus problemas é não pensar neles. Quando se vê cara a cara com uma situação muito maior do que ele próprio, o menino simplesmente foge de casa, aventurando-se sozinho pela floresta desconhecida. 




 Li duas vezes O menino do pijama listrado. Adorei, chorei as duas vezes e pensei que se Noah foge de casa chegasse perto do quão bom ele é, eu ficaria contente. Mas me enganei: ele é ótimo. Corro o risco de estar sendo injusta, mas acho que é até melhor. De qualquer maneira, John Boyne conquistou de uma vez por todas o meu coração.

 Noah é um menino muito esperto. Cada capítulo é delicioso e um tanto quanto assustador. Há, nessa história, uma coisa que aprecio muito: o autor conseguiu me convencer. Quando disse que a árvore falava, soou como se fosse muito evidente e que eu deveria acreditar nisso. É uma história realmente mágica, dessas que só poderiam acontecer com uma criança.

 No entanto, tem um toque de tristeza. Em diversos momentos Noah reflete ou ouve alguém refletir sobre a vida e seus obstáculos. O leitor acompanha o amadurecimento do menino diante de uma situação muito difícil, especialmente para uma criança de oito anos. A cada lição que ele aprendia, eu aprendia um pouco também. É impossível parar de ler e tive vontade de abraçar cada um dos personagens, de tão adoráveis.

 Até agora, que já faz alguns dias que li, sinto como se eles permanecessem vivos. E falo deles, das suas teorias, o que faz com que as pessoas pensem que eu sou maluca, rs. Escrevendo essa resenha, fiquei com vontade de pegar o livro para ler de novo. Tem algumas referências de histórias infantis, o que o torna ainda mais legal - apesar de que também acho que ficaria bom sem elas. Para finalizar, quero contar que esse livro conseguiu o que poucos conseguem: me fazer chorar. É fantástico, encantador e delicioso.

Por um instante — um brevíssimo instante — pensou em seus pais e como ficariam preocupados ao descobrir que ele tinha fugido de casa, o que com toda certeza já sabiam àquela altura. Claro que não iam entender. Iam achar que ele era um egoísta. Mas a ideia de ficar… e ver… Teve um arrepio, sabendo que não devia pensar naquelas coisas.

Espero que gostem da resenha!

 Beijos, Ná Mazzilli