quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nem tão teen: Pequena abelha e Quarto

A Nem tão teen é uma coluna onde postaremos livros com um fundo mais adulto ao que estamos acostumadas sobre aqui no blog. Assim, serão resenhas mais curtas e provavelmente de mais de um livro de cada vez.
  Eu faço listas de todos os livros que li em ordem e datas. Então, comparando as listas de 2009, 2010 e 2011, reparei uma coisa: Eu passei a ler muito mais livros adultos. Não é que eu tenha deixado os infato-juvenis de lado e muito menos que eu goste mais do gênero, foi sem querer mesmo. No final do ano passado e no começo desse ano eu li dois livros que não são juvenis, mas ambos ganharam cinco estrelas e entraram para os meus favoritos. Por isso eu gostaria de recomendar para vocês, e acredito que mesmo quem não está acostumado iria gostar.
 Os dois livros tem personagens muito infantis e que, de maneiras diferentes, desconhecem o mundo ao seu redor. Por isso, ambos nos fazem enxergar a vida de outra maneira, e parar para refletir sobre o que estamos fazendo com nossas oportunidades. São histórias tristes, sim, mas nem um pouco melancólicas.

Pequena abelha - Chris Cleave
A sinopse do livro mantém suspense sobre do que se trata a história, e não pretendo estragar isso. A narrativa é em primeira pessoa, mas se alterna entre duas pessoas extremamente diferentes, e fiquei encantada da maneira como o autor conseguiu deixar muito clara a diferença entre a maneira de pensar de cada uma. Os personagens do livro são muito reais, mesmo quando não estava lendo eu sentia como se os conhecesse. E o final é do tipo que te faz fechar o livro e ficar olhando para a parede e pensando, de tão encantada. É aquele livro que te faz perguntar "será que a minha vida é mesmo tão difícil quanto eu penso que é?". Recomendo muito!
"Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa 'eu sobrevivi'." 
"Palavras tristes são apenas uma outra forma de beleza. Uma história triste quer dizer: Essa contadora de histórias está viva. Daí a pouco, alguma coisa boa vai acontecer com ela, uma coisa maravilhosa, e ela vai se virar e sorrir."


Quarto - Emma Donoghue
Esse livro conta a história de uma mulher que foi sequestrada e desde então mora num único cômodo onde recebe alimento, itens materiais de necessidade e visitas nada agradáveis no seu sequestrador. Ela mora sozinha até o momento em que nasce seu filho, o Jack. A história toda é narrada por Jack, que é um criança encantadora - todas as crianças são, mas ele consegue ser ainda mais. Por isso, a narrativa é leve e flui muito bem, do tipo que você lê e nem vê o tempo passar. Eu ri várias vezes com as coisas que ele falava e pensava, mas também chorei muito com esse livro. É uma história muito triste, mesmo vista pelos olhos inocentes de um menino de cinco anos. Mas prometo que o final não é tão triste, rs. Eu amei, amei, amei.
"Não sei porque doer quer dizer melhorar."
"Não, não. Os contos são um tipo diferente de verdade."
"Acho que o tempo é espalhado muito fino em cima de todo mundo, (...) por isso só tem um tiquinho de tempo espalhado em cada lugar, e aí todo mundo tem de correr pro pedaço seguinte."


Espero que tenham gostado da nova coluna e do post de hoje! Continuem participando da promoção e comentem.

Beijos, Ná Mazzilli

3 comentários:

  1. esse quarto ai eu conheço, mas é bem complexo.

    ResponderExcluir
  2. Também amei esse livro. Me irritei um pouco com o Jack, as vezes eu esquecia que ele era apenas uma criança, mas a leitura vale mto a pena... Adorei também o vopô, é um dos personagens que deu mais graça a história.

    Bjão, parabéns pela resenha.

    ResponderExcluir
  3. Awwn que encanto esses livros, estou com muita vontade de ler "Pequena Abelha" *-*
    Ficaram ótimas as resenhas, você foi bem ao ponto e explicou tudo certinho!

    Beijo, Joyce.
    http://rosa-amarelo.blogspot.com.br

    ResponderExcluir